Você sabia que o Brasil teve várias heroínas dispostas a dar a vida pela independência do nosso país? Sem pegar em armas, uma delas em especial se sacrificou pra salvar muitas vidas. Sua memória merece ser reverenciada. Estou falando de Joana Angélica de Jesus, Mártir da Independência do Brasil.
Joana Angélica nasceu em 1762 em Salvador, Bahia, numa família com recursos financeiros. Por conta disso, recebeu uma educação privilegiada.
Aos 20 anos de idade, ela entrou pro Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, para seguir sua vocação religiosa. Tornou-se, então, a Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição.
Joana Angélica de Jesus dedicava sua vida inteiramente a Deus e ao convento. Foi escrivã, vigária, mestre de noviças, conselheira, abadessa e prelada do lugar.
A população baiana tinha-a em alta conta.
Os assuntos do mundo também a interessavam.
Sob sua orientação, no convento, as irmãs oravam constantemente pela intervenção de Nossa Senhora nas causas da Pátria.
E não só elas. Naquela época, muitos brasileiros ansiavam pela independência. Com o retorno de D. João VI à Europa e a decisão de Dom Pedro I de ficar no Brasil, Portugal passou a concentrar seus esforços militares em Salvador, com o objetivo de reconquistar o Rio de Janeiro e estancar os movimentos pela independência em toda a colônia.
No início de 1822, a capital baiana fervia de agitação. As tropas portuguesas ocupavam a cidade. Ataques a fortes e quartéis, defendidos por oficiais brasileiros, ocorriam sem parar. Soldados e marinheiros portugueses invadiam até casas particulares em busca de revoltosos.
E foi assim que no dia 19 de fevereiro, soldados portugueses invadiram o Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, à procura de militantes e armas.
Com golpes de machado, eles derrubaram o pesado portão de ferro colonial. Ao pressentir o avanço do destacamento, Joana Angélica de Jesus conseguiu que as irmãs fugissem pelos fundos. Então, colocou-se à frente dos soldados com os braços abertos para detê-los e disse:
“Para trás, bandidos. Respeitem a Casa de Deus. Recuai! Só penetrareis nesta Casa passando por sobre o meu cadáver!”
E eles passaram. Ela foi assassinada, sem perdão, com golpes de baioneta. E, assim, tornou-se a primeira mártir da independência da Bahia e do Brasil.
Viva Joana Angélica de Jesus! Viva a liberdade!
Ficha técnica:
- Roteiro e apresentação: Lúcia Tulchinski
- Identidade visual: Cris Pagnoncelli
- Identidade sonora: Lucas Panisson
- Edição e sound design: Gustavo Slomp
- Gerenciamento do projeto e comunicação: Kelly Gequelim
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